Caldeira Cabral apela ao "civismo" da população junto à fronteira e diz que comprar combustível em Espanha é pagar impostos fora do país, o que é "mau" para as contas públicas.
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O ministro da Economia lembrou que para "financiar" serviços públicos é "preciso pagar" impostos e afastou um cenário de baixa de impostos. "Não é uma opção que infelizmente possamos ter agora", explicou Caldeira Cabral.
O governante comentava as preocupações dos empresários do setor, nomeadamente da Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis, que tem vindo a manifestar descontentamento com o facto de as populações fronteiriças irem abastecer a Espanha, colocando os postos de abastecimento portugueses daquelas áreas numa "situação difícil".
"Deixo um apelo para que as pessoas evitem fazer isso [ir abastecer a Espanha], porque no fundo estão a pagar impostos a Espanha em vez de pagarem a Portugal, mesmo tendo um desconto. Penso que por civismo é de pedir às pessoas para que evitem fazer isso", disse.
Caldeira Cabral apontou ainda as consequências para a economia portuguesa do abastecimento de combustível em Espanha.
"Ao fazer isso estão a pagar impostos, porque grande parte do preço dos combustíveis em Espanha é também impostos, estão a pagar impostos em Espanha, o que e mau para as contas publicas portuguesas", referiu.