O líder do PS vai passar sábado nas ruas de várias cidades do distrito do Porto. Começou pela Trofa, onde, entre o som dos bombos, lá conseguiu ouvir algumas críticas ao Governo e até algumas palavras de apoio... ao antigo líder do PS, António José Seguro.
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Foram muitas as queixas que António Costa ouviu logo ao início da manhã. Lá foi repetindo que este Governo já não serve, é preciso votar na mudança porque "há segunda só cai quem quer".
Na Trofa, o líder do PS apareceu numa manhã de nevoeiro. A arruada estava marcada para as 9:30 mas começou com mais de meia hora de atraso. À espera estavam os bombos, vários feirantes e apoiantes do partido. Aos lamentos e aos desejos de uma vitória socialista no dia 4, juntaram-se palavras de saudade.
Depois de esticar a mão a um feirante, Costa teve que ouvir o que não queria: "O prazer é seu, meu não é. Se fosse António José Seguro era melhor. Com ele o PS ganhava com maioria absoluta de certeza". Já António Costa tinha seguido viagem e ainda José desabafava: "a minha família e vizinhos votavam todos PS, agora não votam. Eu não vou votar PS, se eles se portarem bem, talvez nas próximas eleições".
Nas Caxinas, em Vila do Conde, António Costa subiu ao palco erguido junto ao memorial aos náufragos. Prometeu aumentar o rendimento das famílias e voltou a apelar ao voto: "Àqueles que me pedem de forma cordial que ganhe estas eleições, o que eu tenho a dizer é que com o meu voto podem contar. Mas o meu voto não chega, é preciso o voto de todos vocês, dos vossos amigos, das vossas famílias, dos vossos colegas. É preciso o voto de todos para o PS ganhar e a coligação de direita perder".
O secretário-geral socialista dedicou algum tempo a uma senhora que, muito emocionada, deu voz ao pedido que muitos outros repetiram: "Não se esqueça de nós". E ele prometeu que não vai esquecer, mas para isso, é preciso derrotar a coligação. "Temos que acreditar no país, não podemos desistir dele", sublinha Costa.