Edgar assinala resquícios da política de direita na governação de Costa
O candidato comunista, Edgar Silva, assinalou, esta noite, os sinais negativos do novo Governo de António Costa que não podem descansar o povo português.
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"Ainda são heranças das políticas herdadas de Passos Coelho e Paulo Portas, resquícios de uma política que o atual Governo ainda tem dificuldade em superar", disse durante um jantar com apoiantes, esta noite, na Moita.
Após a entrada em funções do novo quadro executivo, apoiado pela CDU e pelo Bloco de Esquerda, Edgar Silva congratula-se, nomeadamente, com a abertura para a reposição das 35 horas de trabalho na Função Pública e o fim dos exames no ensino básico mas não deixa de registar os sinais negativos que foi detetando na atuação do novo Governo.
Um deles diz respeito à "novela trágica" do caso Banif. "Outra vez a fatura para cima dos trabalhadores. Mas viemos a saber nos últimos dias que o Santander vai ter um crédito fiscal. Escândalo dos escândalos. Daqui a nada ainda vai o Estado português ter que pagar ao Santander por ter apanhado o Banif limpinho e sem espinhas", criticou.
Edgar Silva considera que estes sinais negativos, como ainda a privatização da CP Carga, não podem deixar os portugueses descansados. E por isso, o candidato comunista insistiu na importância de votar dia 24 para derrotar o candidato da direita, Marcelo Rebelo de Sousa. "Nada está garantido", assinalou, acrescentando que tal como no passado os resultados vão desmentir as sondagens.
"Quem não se lembra daquelas eleições em que Freitas do Amaral protagonizava uma onda avassaladora, que vinha de norte para sul, e aqueles meninos queques, com aqueles sobretudos verde azeitona, todos eufóricos, com o rei na barriga, que tinham vencido as eleições. Enganaram-se", recordou.