A CDU esteve em campanha no norte do país, na segunda-feira, e voltou a puxar para o discurso o tema de quem chamou a troika.
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O líder da CDU acusa a coligação PSD/CDS e o PS de se culpabilizarem mutuamente sobre a autoria do pacote de austeridade negociado com a Troika mas Jerónimo de Sousa lembra que "tem mãe, tem pai e até tem padrinho".
Cansado do "mesmo filme", o candidato comunista encontra nos atores da cena política destas legislativas mais semelhanças do que diferenças, nomeadamente na reforma da Segurança Social, na redução do défice, no ataque aos direitos dos trabalhadores e nas privatizações.
Num comício com casa cheia na Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira, tsegunda-feira à noite, Jerónimo de Sousa disse ainda que o PS não tem moral para pedir o voto aos portugueses.
Durante a tarde, em território socialista que já foi PSD no tempo de Valentim Loureiro, o líder da CDU, Jerónimo de Sousa, foi bem recebido em Gondomar, recebendo muitas mensagens de incentivo ao crescimento da CDU, sobretudo por parte de eleitores desiludidos com o estado do país.
Cerca de 300 pessoas - muitas delas de S. Pedro da Cova, freguesia tradicionalmente comunista (entretanto anexada a Fânzeres) - deram forma à arruada pelas ruas do centro de Gondomar, desde a Câmara até ao Largo do Souto.
Jerónimo colhe especial simpatia entre os mais novos, como já se testemunhou em diversas ações de campanha.
Filipe, de 5 anos, ainda não tem idade para votar, mas se pudesse já tinha escolha feita. Gosta de Jerónimo de Sousa porque "não mente, como o Passos Coelho ou o António Costa". Conheceu o candidato comunista na cooperativa A Árvore, no Porto, onde Jerónimo manteve um encontro com intelectuais para defender uma aposta séria na Cultura, dotando o setor com 1% do Orçamento de Estado.