O presidente do PSD rejeitou, esta sexta-feira, qualquer eleitoralismo na questão da eventual devolução da sobretaxa do IRS, defendendo que se trata do cumprimento dos objetivos do Orçamento do Estado para 2015.
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"A despesa está a baixar e como está a baixar a política não é eleitoralista, a política é feita para que o nosso objetivo de diminuir o défice, e em particular ter um défice abaixo dos 3%, possa estar ao nosso alcance porque isso é bom para os portugueses e para o país", afirmou Pedro Passos Coelho.
A meio de uma arruada em Espinho, o também primeiro-ministro, disse esperar "não ser acusado de estar a executar o Orçamento por causa das eleições", porque se fosse com motivos eleitoralistas "a despesa estaria a crescer, era o que dava jeito para as eleições, dizer que o Estado estava a gastar mais, estava a distribuir mais dinheiro, para que toda a gente ficasse mais contente".
"Não é um compromisso eleitoral, é o compromisso que está no Orçamento do Estado para 2015, que todo o dinheiro cobrado no IVA e no IRS acima do que estava orçamentado será devolvido em 2016", disse Passos Coelho aos jornalistas, defendendo que "o que é importante" nos dados da execução orçamental hoje divulgados é o cumprimento da meta do défice abaixo dos 3% é alcançável.
O líder social-democrata sublinhou que não há "um valor fechado" para essa devolução, que só a 31 de dezembro poderá ser revelado, porque só nessa altura se poderão "fazer as contas", mas a sua expectativa é de que, dada a evolução dos impostos, no final do ano haja "um valor de devolução muito significativo".