Google DeepMind à TSF. "Inteligência artificial é a prótese cognitiva" que faz falta à economia
A produtividade dos trabalhadores vai aumentar e os empregos não estão todos em risco, afiança Fernando Pereira, vice-presidente da Google DeepMind à TSF.
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No dia em que a Google divulga o estudo de impacto da inteligência artificial em Portugal, e estima que possa chegar a 15 mil milhões de euros em Valor Acrescentado Bruto (equivalente a 8% do VAB), a TSF publica, em primeira mão, a entrevista ao vice-presidente da Google DeepMind, Fernando Pereira.
Na sua passagem por Lisboa, fala da inteligência artificial como "uma prótese cognitiva" que vai mudar vários setores, desde a saúde aos serviços. Revela ainda o que podemos esperar do Bard - uma espécie de ChatGPT da Google que chegou a Portugal em julho - e das funcionalidades do novo telemóvel Pixel.
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Quem é Fernando Pereira?
O atual vice-presidente da Google DeepMind é português, tem 71 anos, e já liderou as equipas de inteligência artificial e de linguagem na Google Research entre 2008 a 2022. Antes de ingressar na tecnológica, foi presidente do departamento de Ciência da Computação e Informação da Universidade da Pensilvânia, chefe do departamento de Aprendizado de Máquina e Recuperação de Informação da AT&T. Labs, e ocupou cargos de pesquisa e gerenciamento na SRI International.
Tem um Ph.D. em Inteligência Artificial pela Universidade de Edimburgo em 1982, e tem mais de 120 publicações de pesquisa em linguística computacional, aprendizado de máquina, bioinformática, reconhecimento de fala e programação lógica, além de diversas patentes. É membro da AAAI, ACM e ACL; membro da American Philosophical Society, da American Academy of Arts and Sciences e da National Academy of Engineering; e ex-presidente da Association for Computational Linguistics.