A procuradora de Paris explica que o sistema de vigilância "facilitou o acompanhamento" do percurso dos criminosos "em Paris e nas áreas limítrofes", sendo que as imagens captadas por câmeras públicas ou privadas estão agora a ser analisadas
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Mais de "150 amostras de ADN, impressões digitais e outros" foram recolhidas nos locais do roubo de joias no Museu do Louvre, adiantou a procuradora de Paris, Laure Beccuau.
As análises "impõem prazos, embora sejam prioritárias para os laboratórios", afirmou Beccuau ao jornal francês Ouest-France, apontando que nos próximos dias possivelmente serão conhecidas novas "pistas, sobretudo se os ladrões tiverem antecedentes criminais.".
A promotora explicou que o sistema de vigilância "facilitou o acompanhamento" do percurso dos criminosos "em Paris e nas áreas limítrofes", sendo que as imagens captadas por câmeras públicas ou privadas (estradas, bancos, empresas...) estão agora a ser analisadas.
Astonishing new footage shows Louvre thieves escaping in a mechanical delivery basket before fleeing on scooters with �76m of jewels.
CCTV was facing the wrong way, and the museum%u2019s director has offered her resignation after the blunder. #Louvre pic.twitter.com/zIeVTY3QHr
Astonishing new footage shows Louvre thieves escaping in a mechanical delivery basket before fleeing on scooters with £76m of jewels.
- BPI News (@BPINewsOrg) October 23, 2025
CCTV was facing the wrong way, and the museum"s director has offered her resignation after the blunder. #Louvre pic.twitter.com/zIeVTY3QHr
Beccuau destacou, por isso, a vontade de "prender os autores o mais rápido possível para recuperar as joias, antes que as pedras sejam retiradas e os metais sejam fundidos".
"A repercussão mediática" deste "roubo em quadrilha organizada" dá "uma pequena esperança de que os autores não ousarão movimentar-se muito com as joias", estimadas em 88 milhões de euros. "Quero ser otimista", confessou a promotora.
As autoridades confirmaram previamente que quatro pessoas estiveram diretamente envolvidas no assalto e que poderão ter contado com "várias equipas de apoio".
No domingo, o grupo de assaltantes levou apenas alguns minutos para entrar na Galeria de Apolo num elevador de mercadorias, partir rapidamente duas das três vitrinas instaladas no final de 2019 para guardar as joias preciosas, utilizando uma rebarbadora, e fugir com as peças.
O elevador de mercadorias estava no local devido a uma alegada operação de mudanças e um funcionário da empresa prestadora do serviço foi ameaçado, mas não sofreu violência física, precisou a procuradora de Paris.
O assalto ao museu mais visitado do mundo, no coração de Paris, gerou forte polémica política e relançou o debate sobre a segurança das instituições culturais francesas, após as imagens do roubo terem sido amplamente divulgadas nos meios de comunicação internacionais.
