A decisão acontece depois de a primeira-ministra anunciar a intenção de se encontrar com o líder da oposição, Jeremy Corbyn, para desbloquear o impasse do Brexit.
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O ministro britânico com a pasta do país de Gales, Nigel Adams, anunciou que se ia demitir, esta manhã, considerando que o apelo de Theresa May a um acordo com os trabalhistas é um erro grave, que vai acabar por levar o Reino Unido a uma união aduaneira com a Europa comunitária.
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Nigel Adams sublinha a coragem de Theresa May, numa das crises mais duras que os britânicos enfrentam, mas defende que, no atual cenário, o país seria capaz de lidar com uma saída sem acordo. O ministro, que estava no governo desde novembro, sempre defendeu o Brexit.
Nigel Adams considera que a abertura manifestada agora por Theresa May abre portas a uma "calamidade" de um governo liderado por Jeremy Corbyn.
Depois de ter tentado de tudo dentro do próprio partido para resolver o imbróglio do Brexit, Theresa May decidiu virar-se para o líder da oposição. A primeira-ministra britânica convidou Jeremy Corbyn para um encontro.
O objetivo de May é conseguir, em conjunto com o seu opositor, explicar a Bruxelas que vai ser necessário um novo adiamento da saída do Reino Unido da União Europeia : o prazo está, por agora, marcado para dia 12 de abril.
A chefe do governo britânico pretende também chegar a um entendimento com Jeremy Corbyn sobre o modelo em que deve basear-se a futura relação com a UE. May quer manter, no entanto, o acordo jurídico que negociou com Bruxelas. Já Jeremy Corbyn quer que o Reino Unido possa negociar uma união aduaneira permanente com a União Europeia, uma ideia que, até ao momento, tem sido recusada pelo governo conservador.
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