O novo líder da direita espanhola, com 37 anos, foi o candidato mais jovem à sucessão de Mariano Rajoy. Pablo Casado tem agora a tarefa de preparar o partido para as eleições autárquicas e europeias em 2019.
Corpo do artigo
O congresso extraordinário do Partido Popular (direita) espanhol elegeu este sábado, em Madrid, Pablo Casado para suceder a Mariano Rajoy na presidência do Partido Popular.
A presidente do congresso, Ana Pastor, proclamou Pablo Casado como o novo presidente do Partido Popular, depois de ter sido o mais votado pelos 3.082 delegados ao congresso, tendo ganho o braço de ferro contra Soraya Sáenz de Santamaría, que concorria com ele ao lugar depois de os dois terem sido os mais votados nas primárias realizadas há duas semanas.
O novo líder da direita espanhola, com 37 anos, foi o candidato mais jovem à sucessão de Mariano Rajoy, tendo tido uma ascensão meteórica no partido até chegar ao lugar de vice-secretário responsável pela para a Comunicação do PP que ocupou até agora.
Pablo Casado tem a partir de agora a tarefa de preparar o partido para as eleições autárquicas (locais e autonómicas) e europeias a partir de maio de 2019, e para as legislativas previstas para se realizarem em 2020.
O novo líder definiu esta manhã, durante o discurso de candidatura, que pretente revitalizar o partido e a política em Espanha, insistindo que espera, a partir de agora, que Soraya Sáenz de Santamaría e a sua equipa "integrem" o seu projeto ganhador.
Pablo Casado é o quarto líder do Partido Popular desde a sua fundação em 1989, depois de Manuel Fraga, José María Aznar e Mariano Rajoy.
O anterior líder, Mariano Rajoy, foi presidente do Partido Popular durante 14 anos e primeiro-ministro nos últimos sete, desde 2011, até ser afastado do poder em 01 de junho último por uma moção de censura apresentada pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) com o apoio do Unidos Podemos (extrema-esquerda) e de outros partidos mais pequenos.
Casado terá como principal tarefa a reconstrução do partido que até agora liderou a direita espanhola mas que perdeu três milhões de votos entre as legislativas de 2011, a primeira em que Mariano Rajoy obteve uma maioria absoluta, e as de 2016, em que venceu com uma maioria relativa.