Piloto reportou problemas e pediu para voltar para trás. Caixas negras vão ser analisadas na Europa
A investigação às caixas negras do avião da Ethiopian Airlines que se despenhou, causando a morte de 157 pessoas, vai ser feita na Europa.
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A Ethiopian Airlines anunciou que as duas caixas negras do avião que caiu este domingo vão ser enviadas para a Europa para serem analisadas.
O voo, onde seguiam 157 pessoas, tinha como destino a cidade de Nairóbi, no Quénia, tendo a aeronave desaparecido dos radares seis minutos após ter descolado de Adis Abeba, a capital da Etiópia.
O porta-voz da Ethiopian Airlines indicou que, pelo que já foi apurado, o piloto do avião (que tivera treino prévio no Boeing 737 MAX 8) tinha reportado problemas de controlo do voo e pedido que o avião retornasse a Adis Abeba, deixando de dar qualquer sinal desde aí.
A queda do avião tem levantado polémica quanto ao modelo do avião em causa, o Boeing 737 MAX 8, que já protagonizou dois desastres aéreos nos últimos quatro meses. Já no final de outubro de 2018, um Boeing 737 Max 8, ao serviço da companhia indonésia de baixo custo Lion Air, despenhou-se no mar, ao largo de Java, com 189 pessoas a bordo.
Desde então, foram várias as companhias aéreas que anunciaram a suspensão do uso deste modelo de avião e muitos os países (incluindo uma posição conjunta da União Europeia) a proibir a entrada do Boeing 737 MAX 8 no seu espaço aéreo.
Já a Ethiopian Airlines afirmou que decidirá se vai abandonar este modelo da Boeing depois de a investigação ser feita.
Entre as 157 vítimas do acidente há cidadãos de 35 nacionalidades: 32 do Quénia, 18 do Canadá, nove da Etiópia, oito da China, oito de Itália, oito dos Estados Unidos, sete do Reino Unido, sete de França, seis do Egito, cinco da Holanda, quatro da Índia, quatro da Eslováquia, três da Áustria, três da Suécia, três da Rússia, dois de Espanha, dois da Polónia, dois de Marrocos, dois de Israel, um da Bélgica, um do Uganda, um do Iémen, um do Sudão, um do Togo e um da Noruega.
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