FBI revelou que um dos pacotes com engenhos explosivos enviados esta semana tinha as impressões digitais do suspeito detido esta sexta-feira.
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Um homem suspeito de estar envolvido no envio de engenhos explosivos nos Estados Unidos foi detido pela polícia norte-americana, esta sexta-feira, em Miami, confirmou o Departamento de Justiça à Reuters.
O suspeito chama-se Cesar Sayoc Jr, tem 56 anos, e é originário de Nova Iorque, apesar de neste momento viver na Flórida. O homem tem antecedentes criminais por ameaças terroristas a juízes.
O veículo do suspeito que foi detido em Plantation, na Flórida, tinha vários cartazes e mensagens de apoio ao Presidente Donald Trump e críticas aos seus opositores.
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Na conferência de imprensa marcada para esta tarde nos Estados Unidos, 19h30 em Portugal, Christopher Wray, diretor do FBI, revelou que Cesar Sayoc Jr. é acusado de cinco crimes federais que o podem levar a ser condenado a até 58 anos de prisão. Em causa estão os crimes de transporte de explosivos, envio ilegal de explosivos, ameaças contra ex-Presidentes e outras pessoas, ameaça contra meios de comunicação federais e ataque a agentes federais.
O responsável do Departamento de Justiça dos EUA fala em 13 engenhos explosivos enviados por correspondência, mas não descarta a hipótese de haver outros pacotes suspeitos.
O FBI anunciou que a detenção do suspeito se deveu às impressões digitais encontradas no pacote enviado à congressista Maxine Waters.
Trump volta a falar sobre as ameaças
O presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, endereçou na tarde desta sexta-feira os parabéns às forças de segurança norte-americanas, depois da detenção de Cesar Sayoc Jr, suspeito de ter enviado correio armadilhado a vários importantes atores políticos dos EUA.
"Saí agora de um briefing com o departamento de Justiça, após a detenção do suspeito. Quero aplaudir o FBI, os serviços secretos, o departamento de Justiça, o gabinete dos procuradores do sul de Nova Iorque, a polícia de Nova Iorque e todos os agentes da lei deste país. São parceiros incríveis, trabalharam muito intensa e rapidamente... foi como procurar uma agulha num palheiro. Fizeram um trabalho incrível", disse Trump na Casa Branca, antes de se dirigir a um grupo de jovens que participam numa conferência de líderes.
Sobre a forma como encara os atos dos últimos dias, Trump assegurou que "são desprezíveis e não têm lugar" nos EUA, acrescentando que instruiu as forças de segurança para que "não poupem recursos ou dinheiro para encontrar os responsáveis, de modo a levá-los à justiça certa e rápida. Vamos acusar o ou a responsável, seja quem for, e submetê-lo a toda a extensão da lei."
Dirigindo-se também aos cidadãos norte-americanos, Trump apelou a que não se deixe nunca que "a violência política crie raízes nos EUA. Não podemos deixar que aconteça". No que toca ao presidente, o próprio garante que assume o compromisso de "fazer tudo o que está ao meu alcance para a parar, para a parar agora."
Como mensagem final aos cidadãos do país, Trump pediu união. "O mais importante é que os americanos se unam. Temos de mostrar ao mundo que estamos unidos, juntos, em paz, amor e harmonia enquanto cidadãos. Não há país como o nosso e todos os dias mostramos ao mundo o quão incríveis somos."