
Jerónimo de Sousa em campanha
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Cavaco Silva devia estar mais atento à campanha, porque há quem ande a prometer o que depois não poderá cumprir, defendeu o secretário-geral do PCP segunda-feira à noite.
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Numa acção de campanha em Ponte de Sôr, distrito de Portalegre, Jerónimo de Sousa começou por acusar os líderes do PS e PSD, José Sócrates e Passos Coelho, de mentirem.
No documento assinado para a ajuda externa lê-se que o país vai entrar em recessão e que o desemprego vai aumentar, lembrou Jerónimo de Sousa para logo a seguir acrescentar: «Ouvimos os debates, particularmente entre Sócrates e Passos Coelho, e era ver os dois a dizerem que são os campeões da defesa do emprego em Portugal. Então isto é falar verdade?»
O comunista garantiu que na hora de votar os portugueses vão lembrar-se de coisas muito simples como: «Vocês assinaram o congelamento do meu salário e que o fundo de desemprego seja reduzido. Assinaram que a comparticipação dos medicamentos vai ser reduzida».
Pela primeira vez, Cavaco Silva foi chamado à campanha, com Jerónimo de Sousa a lembrar que o Presidente da República, «também feito com os três partidos da "troika"», defendeu que «esta devia ser uma campanha de verdade e que os partidos não deviam prometer aquilo que não podem cumprir».
«Ora ai está um excelente desafio. Cavaco Silva deve sentir-se profundamente desiludido, porque os três partidos nem falam verdade e prometem aquilo que não podem cumprir», rematou.