Famílias: MEP quer alargamento dos prazos de pagamento das dívidas sem aumento de juros
O partido propõe que os bancos que recorram ao fundo da troika aceitem alargar os prazos de pagamento das dívidas das famílias sem aumentar os juros.
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A proposta foi apresentada pelo líder do Movimento Esperança Portugal, Rui Marques, numa reunião com o presidente da Associação Portuguesa de Bancos, António Sousa, no âmbito da campanha eleitoral.
«De cada vez que uma família vai ao banco para negociar o prazo de pagamento da sua dívida, o `spread", o juro aumenta. Um ponto, dois, ou às vezes três pontos. O que nós propomos, está no programa do MEP, é que os bancos possam reprogramar as dívidas das famílias mantendo a taxa de juro em vigor», afirmou Rui Marques, no final da reunião.
O candidato sublinhou que no programa acordado com a `troika" há um pacote de 12 mil milhões de euros destinados aos bancos e defendeu que o acesso a estas garantias deve depender de os bancos aceitarem facilitar o pagamento das dívidas das famílias.
Questionado sobre a posição do presidente da Associação Portuguesa de Bancos, que não quis falar aos jornalistas, Rui Marques disse que «houve uma divergência quanto aos juros».
«Tanto quanto percebemos a perspectiva dos bancos é, de cada vez que há uma reprogramação, o juro é ajustado, ou seja, é aumentado. É uma diferença de perspectiva, que respeitamos mas evidentemente que reforçamos a nossa proposta», afirmou Rui Marques.
«Neste momento era essencial que a banca portuguesa desse um sinal às famílias portuguesas de estar ao lado delas para que possam pagar as suas dívidas», considerou, acrescentando que esta proposta deveria ser uma prioridade na agenda do próximo Governo.