Pedro Passos Coelho acusou, esta quinta-feira, o primeiro-ministro de «esperteza saloia», ao comentar as críticas feitas à proposta do PSD para reduzir a Taxa Social Única (TSU).
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Se a "troika" considera que baixar a TSU é um objectivo crítico e se o Governo até assumiu esse compromisso no acordo alcançado, a Passos Coelho só ocorre um comentário às criticas de José Sócrates à proposta do PSD: «Critica-nos a nós e a mim por dizermos que vamos fazer aquilo que assinou que ia fazer e não consegue dizer a ninguém como é que ele acha que se concretiza aquele objectivo. É uma esperteza saloia».
A atitude do primeiro-ministro demissionário passa por «pensar que o pais inteiro vai nesta conversa de que vamos sair de uma crise gravíssima em que ele no colocou apenas a fazer de conta que a coisa se resolve por si própria agora que vamos ter o dinheiro», criticou.
O líder do maior partido da oposição exige, por isso, uma explicação do Chefe do Governo para evitar males maiores.
«Se este tipo de atitude se mantiver nos próximos anos vai acontecer o mesmo que aconteceu a todos os acordos que se fizeram antes e até aqui nomeadamente dentro do pais com os PECs e junto da Comissão Europeia», alertou. Ou seja, continuou, «continuaremos a falhar» e já não será «só a bancarrota», mas «um desastre por muitos anos em Portugal».
Para Pedro Passos Coelho, é possível «poupar dez anos de sofrimento e de desemprego a Portugal se fizermos em pouco tempo uma desvalorização fiscal bem sucedida», sendo necessário para isso «baixar a TSU».
O presidente do PSD falava perante uma plateia de jovens a quem pediu ambição e ousadia para enfrentar um mundo laboral hipócrita.