O presidente do PSD falou num exército de desempregados e considerou que a taxa de desemprego divulgada esta terça-feira pelo Eurostat é muito alta, mas não surpreende.
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A taxa de desemprego na Zona Euro manteve-se inalterada nos 9,9 por cento em Abril, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat. Em Portugal, a taxa manteve-se nos 12,6 por cento pelo segundo mês consecutivo.
«É uma taxa muito elevada, infelizmente não é uma taxa que nos surpreenda. Nós sentimos que a recessão económica tem vindo a produzir um efeito devastador sobre o emprego», comentou Pedro Passos Coelho na Figueira da Foz.
Os números só reforçam o caminho que o PSD tem vindo a defender para criar emprego no curto prazo, frisou, considerando que Portugal pode ser mais competitivo também «por via do preço».
«Mas no médio e longo prazo o que nos interessa é conseguir ser competitivos pela qualidade e pela inovação, o que significa que o próximo governo vai ter de fazer as duas coisas», frisou o líder do PSD, defendendo que uma delas é baixar a Taxa Social Única (TSU) «como forma de garantir mais criação de emprego».
Esta não é a única medida, mas «é aquela que no curto prazo mais efeito pode produzir», insistiu.
No acordo assinado com a "troika", fica também claro que para efeitos de actualização salarial, a inflação deve ter um peso cada vez menor. Para Passos Coelho, a bitola deve ser outra.
«Não quero dizer que o único factor seja a produtividade, mas deve ser o mais importante. Se procedermos nestes termos, tenho a certeza que podemos ser mais produtivos e mais competitivos e os nossos salários acabarão por tender a convergir melhor com os dos espaços comerciais com que nos relacionamos», defendeu.
O presidente do maior partido da oposição insistiu que não se deve aumentar o IVA, como, lembrou, consta no acordo que o Governo assinou com as entidades responsáveis pela ajuda externa a Portugal.
Questionado pelos jornalistas se se considera o candidato preferido da "troika", preferiu não responder, afirmando apenas: «Nunca me apresentei como tal».