Perante uma plateia de apoiantes em Campo Maior, o secretário-geral do PS voltou a criticar o que considerou ser um «espectáculo degradante» que tem sido dado pelo CDS e PSD.
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Pela primeira vez, as críticas de Sócrates não se dirigem apenas a Pedro Passos Coelho. Hoje, Paulo Portas também foi visado.
«Então afinal de contas no momento em que o país precisa de diálogo, compromisso e entendimento, os dois partidos da direita degladiam-se dizendo que ambos devem ser sectários relativamente ao PS? Pois eu quero dizer a esses senhores que isto nada tem a ver com o Partido Socialista mas com o país», criticou.
«Sectarismo», diz Sócrates, que se traduz num «espectáculo degradante».
«E dizem entre os dois que 'eu sou mais sectário em relação ao PS do que tu. E tu devias ser tão sectário quanto eu. Eu estou irredutível e tu porventura não estarás e devias estar tão irredutível em relação ao PS como estou eu próprio'. Este espectáculo é absolutamente degradante», contestou.
As críticas de José Sócrates surgem depois do líder do PSD ter desafiado Paulo Portas a esclarecer se governaria com o PS, ao que o líder centrista respondeu com um «não», mas acusou Passos de ter uma posição de «nim».
Espírito de compromisso reafirmado em Campo Maior, ao lado de Rui Nabeiro, o dono dos cafés Delta e duma apoiante enérgica.