Sócrates desvaloriza ausência de Teixeira dos Santos nas listas socialistas
Em entrevista à TVI, José Sócrates considerou que a não inclusão de Teixeira dos Santos nas listas do PS «não tem nenhum significado especial» e admitiu que um entendimento político extensível a «outros partidos».
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O primeiro-ministro não considera estranho que o ministro das Finanças não tenha sido incluído nas listas socialistas às próximas legislativas e lembrou que este tipo de decisão está ligado «à renovação nas listas de deputados».
Em entrevista à TVI, José Sócrates frisou que nunca deixou «cair um ministro» e entende que a exclusão de Teixeira dos Santos, número dois da lista socialista pelo Porto nas últimas legislativas, «não tem nenhum significado político especial», uma vez que os «lugares não são eternos».
«A situação política é diversa e os partidos têm também um espaço para convidar independentes e decidem esses convites também em função do momento. Não só não acho estranho como também não acho que tenha significado especial», adiantou.
Sócrates considerou ainda desejável o entendimento entre o PS e o PSD que considera que poderá ser extensível a «outros partidos que se disponham a cooperar para definir áreas que possam servir de referência para que o país possa enfrentar aos seus problemas».
«Nunca como hoje foi tão necessário o consenso, o diálogo e a negociação. O dr. Passos Coelho parece não ter percebido o que foi dito. Nunca ninguém falou na União Nacional, porque a União Nacional foi fruto de uma ditadura, foi o partido único», explicou José Sócrates.
O chefe do Governo sublinhou ainda que se falou apenas de «unidade com vista a preservar um espaço de consenso e de entendimento que permita ao país enfrentar as dificuldades que tem pela frente».