O coordenador do BE alertou, terça-feira à noite, que votar em José Sócrates é também votar em Paulo Portas e frisou que o voto no PS é um voto paralisado.
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«É um voto paralisado, é até um voto inútil», porque esteja no governo ou na oposição o secretário-geral socialista «fará exactamente a mesma coisa», ou seja, cumprir à risca o programa acordado com a "troika".
Louçã avisou ainda que o voto no PS passou a ser um voto com um «brinde», porque é uma porta aberta para que o líder do CDS-PP «entre no governo» com o PS ou para que José Sócrates «faça um acordo com Passos Coelho ou quem esteja em vez de Passos Coelho».
«É também um voto perigoso para as pessoas», reforçou.
Depois de Fernando Rosas ter deixado um apelo aos votantes hesitantes socialistas, Louçã dirigiu-se a cada eleitor: «Não percas o teu voto, amigo, vai à luta, mostra o que vales, diz ao país "Justiça". É assim que se levanta uma esquerda capaz de lutar por este país».
O líder bloquista proferiu estas declarações num comício no Barreiro onde não esteve António Chora, o terceiro candidato pela lista de Setúbal que o bloco diz querer eleger mas que ainda não apareceu ao lado de Francisco Louçã nesta campanha.