Os comunistas estão indignados com a recente decisão da Justiça brasileira de impedir Lula da Silva de se candidatar nas eleições presidenciais.
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Em comunicado, o PCP considera que "a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (...) procura impedir, de forma arbitrária, que este seja candidato nas eleições que se realizam a 07 de outubro. Sublinhando a determinação da candidatura de Lula da Silva em prosseguir a defesa dos seus direitos, o PCP reafirma a sua posição de profunda indignação e da mais veemente condenação", lê-se no comunicado hoje divulgado.
Os comunistas consideram que a decisão recente de impedir a candidatura foi tomada por "'justiça' reconhecidamente comprometida com o golpe de Estado institucional -- iniciado em 2016", com a destituição de Dilma Rousseff da presidência, e reclamam o "fim da perseguição a Lula da Silva".
O PCP termina o comunicado afirmando que continua solidário "com a luta dos trabalhadores e do povo brasileiro em defesa da soberania, dos direitos, da democracia no Brasil e contra um poder golpista".
O Tribunal Superior Eleitoral do Brasil rejeitou, por seis votos a um, o pedido de candidatura presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, formalmente impedido de participar nas próximas eleições, em outubro.
Numa sessão que durou mais de dez horas, a maioria dos sete juízes do TSE também proibiu o antigo Presidente, líder em todas as sondagens de intenção de voto realizadas no país, de fazer campanha nas rádios e redes de televisão.
O ex - Presidente foi declarado inelegível devido à lei que proíbe qualquer pessoa condenada em duas instâncias da Justiça a disputar cargos públicos, conhecida no Brasil pelo nome de "Lei da Ficha Limpa".