Lula não vai ser candidato às eleições do Brasil de 7 de outubro. A decisão foi tomada pela maioria dos juízes que integram o Tribunal Superior Eleitoral.
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Aos olhos do Tribunal Superior Eleitoral, Lula da Silva é inelegível por ter sido condenado a 12 anos e um mês de prisão em segunda instância. Para os juízes, a Lei da Ficha Limpa (que, entre outras coisas, impossibilita a candidatura por oito anos de alguém condenado por decisão judicial) prevaleceu sobre a determinação recente do Comité de Direitos Humanos da ONU, que recomendou que o antigo presidente brasileiro concorresse.
Os juízes proibiram ainda a presença de Lula em atos de campanha e deram 10 dias ao PT, o seu partido, para apresentar um candidato alternativo. Esse candidato será, já se sabe, Fernando Haddad , o ex-prefeito da cidade de São Paulo, que teve o seu registo eleitoral aprovado pelos mesmos juízes que vetaram Lula.
Lula da Silva foi condenado em janeiro deste ano a 12 anos e um mês de prisão por três juízes de um tribunal de segunda instância, que ainda agravaram a pena determinada em primeira instância pelo juiz Sergio Moro.
Em causa, segundo o veredicto, a posse de um apartamento tríplex no Guarujá, estância balnear a 100 quilómetros de São Paulo, oferecido ao antigo presidente em troca de favorecimento em negócios com a estatal petrolífera Petrobrás.
Apesar de todas as polémicas, Lula tem liderado com larga margem todas as sondagens em que o seu nome é colocado, com quase o dobro dos votos de Jair Bolsonaro (PSL), o segundo nas pesquisas de opinião. Já Haddad, o seu candidato a "vice" e eventual substituto como cabeça de lista, está no meio do pelotão de candidatos, com cerca de um sétimo dos votos atribuídos a Lula.