Em entrevista à TSF, o embaixador da Coreia do Norte diz que cabe apenas aos norte-americanos pôr fim à crise.
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O embaixador da Coreia do Norte em Madrid diz que as armas nucleares do país serão apenas usadas em legítima defesa, caso os Estados Unidos decidam invadir o país. "Não temos qualquer intenção de usá-las de forma preventiva", garantiu Kim Hyok-Chol em entrevista à TSF.
A posição de força está tomada. Não serão negociações, nem sanções, nem mesmo a perda de apoio dos aliados China e Rússia que farão a Coreia "desviar-se da rota" definida.
Antes de avançar para os testes, contou o embaixador, o país chegou a escrever ao secretário-geral da ONU, António Guterres, pedindo-lhe que tentasse junto do Conselho de Segurança travar as manobras militares de americanos e sul-coreanos, mas ninguém os escutou.
Os únicos com poder para impedir uma guerra nuclear são os Estados Unidos. "Toda a responsabilidade está do lado americano ", avisa Kim Hyok-Chol.
"Se não houvesse americanos na Península Coreana porque é que precisaríamos desta crise?", questiona.
Ao presidente norte-americano, Donald Trump, até já foram prometidos "mais presentes" caso não cessem as "políticas hostis" e "ameaças". Mediante as ações norte-americanas, Pyongyang responderá "de forma proporcional".
Questionado pela TSF sobre se a Coreia do Norte tem capacidade para atingir os Estados Unidos, o embaixador deixa apenas uma certeza: o país está "na fase final de completar a sua força nuclear".