Os advogados do ex-director do FMI criticam um relatório médico, publicado na revista francesa que indica que empregada do hotel onde ficou o antigo director do FMI foi violada.
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«A utilização deste relatório médico pelos advogados de Nafissatou Diallo para confirmar ou fortalecer as acusações contra Dominique Strauss-Kahn é enganador e desonesto», afirmaram os advogados William Taylor e Benjamin Brafman, em comunicado, citado pela agência noticiosa francesa AFP.
Um exame médico feito à empregada de quarto que acusou de agressão sexual o ex-director do Fundo Monetário Internacional Dominique Strauss-Kahn confirmou a violação, segundo um artigo publicado hoje na revista L'Express, que cita um relatório de um hospital nova-iorquino.
Segundo o documento a «causa dos ferimentos» apresentados por Nafissatou Diallo era «agressão, violação».
Para os advogados de Dominique Strauss-Kahn, «as lesões de Nafissatou Diallo descritas no relatório médico podem ter sido provocadas por outros motivos» e sublinharam que a agressão sexual pode ter ocorrido dias antes.
«A conclusão do relatório do hospital baseia-se exclusivamente nas palavras da suposta vítima, que já provou em várias ocasiões não ser credível», sustentaram.
Detido a 14 de Maio, Strauss-Kahn está desde o início de Julho em liberdade condicional.
Diallo, que de acordo com a imprensa norte-americana foi apanhada em várias contradições nos testemunhos à polícia, prescindiu do direito ao anonimato e tem dado entrevistas aos "media" dos EUA.
Strauss-Kahn regressará a tribunal numa audiência prevista para 23 de Agosto.