Um exame médico à empregada de quarto que acusou de agressão sexual o ex-director do FMI confirma que foi violada, noticia a revista francesa L'Express.
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Segundo o relatório de um hospital nova-iorquino, citado pela L'Express, a «causa dos ferimentos» apresentados por Nafissatou Diallo era «agressão, violação».
Na última página do relatório, escreve a revista francesa L'Express, há uma ilustração da vagina da vítima, onde está assinalado um traumatismo numa zona que estava inflamada.
A mulher denunciou às pessoas que a transportaram de ambulância até ao hospital ter sido vítima de agressão sexual, descrição que repetiu aos médicos que a examinaram.
O relatório, citado pela revista, acrescenta que Nafissatou Diallo queixou-se de dores no ombro esquerdo por causa de ter lutado contra o agressor, que a agarrou, empurrou para cima da cama e obrigou a praticar sexo oral.
Um exame revelou que a mulher tinha uma ruptura de ligamento nesse ombro.
Para além do relatório do hospital, a revista L'Express publica uma entrevista ao advogado da empregada do hotel Sofitel, na qual Keneth Thompson diz que não consegue esconder a surpresa pelo facto de as autoridades responsáveis pela investigação do caso conhecerem os dados do relatório, terem analisado esses dados na fase inicial do processo, mas não lhes terem dado mais importância.
O advogado diz também que não existe uma conversa que foi divulgada pela comunicação social, na qual a empregada de hotel teria falado com um amigo que está preso por tráfico de marijuana.
Sobre os benefícios que poderia ter ao levar Dominique Strauss-Khan a tribunal, Keneth Thompson refere, na entrevista à L'Express, que se ouve verdadeiramente na gravação é Nafissatou Diallo a dizer que um homem que ela não conhece a agrediu e tentou violá-la, que lutaram, que ela foi ao hospital e que o homem foi detido.
Esta gravação será um dos principais argumentos com que o advogado tentará defender a credibilidade da cliente, que foi questionada ao ser divulgada a outra versão da conversa.