Dominique Strauss-Kahn dificilmente será perdoado pelos franceses, diz embaixador
O embaixador António Monteiro, que esteve durante vários anos em Paris, explicou esta manhã, na TSF, que apesar da tolerância dos franceses, Dominique Strauss-Kahn dificilmente será perdoado e pode ter comprometido a candidatura ao Eliseu.
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A convicção do embaixador português Antonio Monteiro, profundo conhecedor da sociedade francesa: os franceses são muito tolerantes em relação à vida privada mas desta vez o director do FMI dificilmente será perdoado.
Contactado esta manhã pela TSF, António Monteiro reconheceu que o escândalo sexual em que Dominique Strauss-Kahn está envolvido em Nova Iorque pode comprometer a sua candidatura ao Palácio do Eliseu (residência oficial e gabinete do Presidente Francês).
«Os franceses têm um enorme respeito pela vida privada. Mas é evidente que este caso atinge um público muito vasto e ao nível internacional. O que evidentemente afecta um candidato à presidência francesa, [para além disso] o partido socialista francês tem outro candidatos que podem ser fortes competidores em relação à recandidatura de Sarkozy», referiu.
O embaixador António Monteiro admitiu que este «episódio é muito sério e pode comprometer as aspirações políticas de Strauss-Kahn» que «poderia ser um candidato muito forte, até porque tem apoio dentro e fora do partido».
«Mas é evidente que este escândalo que se vem junta a um outro que ele já teve do mesmo género no passado, pode definitivamente afectar a sua carreira», acrescentou.