As autoridades sanitárias de Wuhan acrescentaram 1290 mortes ao balanço anterior, e explicaram a diferença.
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O número de óbitos em Wuhan, na sequência do surto do novo coronavírus, foi revisto em alta pelas autoridades chinesas. A cidade epicentro da pandemia reconheceu que o total de mortes omitia 1300 óbitos também causados pela Covid-19.
As autoridades sanitárias de Wuhan acrescentaram 1290 mortes ao balanço anterior, que se fixava nos 3869.
Também o número de contágios sofreu uma subida em 325 casos de infeção, para um total de 50.333, adianta esta sexta-feira a CNN .
As autoridades chinesas alegam que as correções trazem "transparência de informação" e contribuem para a honestidade dos dados, afinados agora por elementos do Executivo e instituições nomeadas pelo Governo.
As discrepâncias são explicadas pela ocorrência de mortes resultantes da falta de recursos médicos e falta de reporte de óbitos por parte dos profissionais de saúde, que se encontravam "assoberbados" pelo excesso de trabalho. Parte das omissões deveu-se ainda ao rápido aumento de unidades de saúde, o que desencadeou "desencontros e atrasos" nos registos. As mortes no domicílio ficaram por registar.
A China tem estado na mira dos Estados Unidos da América, que têm pressionado o país para ser mais honesto quanto ao impacto da pandemia.
Nos últimos dias, ao território chinês têm chegado mais casos importados, entre cidadãos chineses que entraram na província de Heilongjiang, no nordeste da China, a partir da Rússia, bem como se tem verificado uma minoria de contágios locais.
A nível global, a pandemia de Covid-19 já causou mais de 145 mil mortes e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.
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