O ministro da Defesa considera que o antigo presidente da Checoslováquia e da República checa foi um lutador pela democracia e liberdade e um político com uma grande dimensão humana. Já Álvaro Beleza diz que foi um «privilégio» ter conhecido Vaclav Havel.
Corpo do artigo
O antigo presidente checo Vaclav Havel morreu hoje aos 75 anos, tendo conduzido a Checoslováquia na transição do regime de influência soviética para a democracia em 1989, naquela que ficou conhecida como «Revolução de Veludo».
Vaclav Havel tornou-se o décimo presidente da Checoslováquia e foi o primeiro chefe de Estado da República Checa - o novo país que surgiu depois da separação da Eslováquia em 1993, cargo que ocupou até 2003.
Em declarações aos jornalistas, a meio do Conselho de Ministros informal que decorre no Forte de São Julião da Barra, José Pedro Aguiar-Branco, que, enquanto líder da Associação dos Jovens Advogados conheceu pessoalmente Vaclav Havel no período da «Revolução de Veludo» na Checoslováquia, lamentou a morte do antigo chefe de Estado checo.
«Guardo a melhor memória de um homem que foi um lutador pela liberdade e pela democracia em momentos difíceis. Vaclav Havel foi também sempre um amigo de Portugal - aliás, por várias vezes, passou férias no Algarve», declarou o ministro da Defesa Nacional.
Para José Pedro Aguiar Branco, Vaclav Havel, ao longo do seu mandato como presidente da Checoslováquia e depois da República Checa, «retribuiu sempre aos jovens que [em 1989] tiveram um gesto de solidariedade em relação à Revolução de Veludo».
Por seu turno, o dirigente socialista Álvaro Beleza conheceu Havel nos dias que marcaram a transição do regime comunista para a democracia.
Álvaro Beleza e outros sete portugueses participaram na revolução checa, em representação de associações diversas; no caso de Beleza, de jovens médicos.
Ouvido pela TSF, Álvaro Beleza lembrou esses dias de luta.