"Até pode fazer sentido". O vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, não rejeita a ideia de um referendo, desde que o objeto da consulta popular seja a exata proposta "oferecida" à Grécia pelos credores internacionais.
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O vice-chanceler acrescenta ainda que "a Europa está a oferecer muito à Grécia". Sigmar Gabriel diz também que é inaceitável que Alexis Tsipras, primeiro-ministro grego, queira que a Europa lhe envie 20 ou 30 mil milhões de euros de um fundo de resgate sem quaisquer condições.
Mas as críticas ao governo grego fazem-se sentir também a nível interno.
Por causa do anúncio de referendo o partido socialista grego (PASOK) quer a demissão do governo e a marcação de eleições antecipadas. Já Antonis Samaris, líder da Nova Democracia, antigo primeiro ministro, afirma que Tsipras está a empurrar a Grécia para fora do euro.
O clima de incerteza levou muitos gregos a formarem filas junto às caixas multibanco para levantar dinheiro, com medo que venham a ser impostas restrições.
Ora vem Panos Kammenos, Ministro da Defesa, fundador do partido Gregos independentes, partido minoritário na coligação de governo, apelar à calma. Diz Panos Kammenos que os bancos não vão fechar portas e que tudo o que está a acontecer é um exagero.
Na resposta às críticas da oposição, o ministro da Defesa garante que apesar do referendo, o futuro da Grécia na União Europeia não está em risco.