Depois do trauma de 6ª-feira, um bombista suicida deixou em choque a Alemanha. Nos EUA, Hillary atira a Trump. Em Portugal há uma vaga de calor. Mas não na política: aí, Marcelo esfria tentações.
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1. O que se passa na Alemanha? Esta noite um bombista suicida fez um morto e 12 feridos, numa esplanada em Ansbach. O autor da explosão era um refugiado sírio de 27 anos, a quem tinha sido recusado asilo e que as autoridades dizem ter estado internado num hospital psiquiátrico. Ontem, transportou uma bomba e projeteis metálicos, com os quais tentou entrar num festival de música. Não conseguiu. Aqui está a síntese do que já sabemos deste novo atentado.
Também ontem foi detido um rapaz de 16 anos, amigo do atirador que pôs Munique a ferro e fogo na sexta-feira, num ataque que planeou durante um ano. E não, a ferro e fogo não é dizer demais, como pode ver pelas imagens recolhidas pelo Ricardo Oliveira Duarte.
Pelo meio, a Alemanha assustou-se com um outro crime, em que o autor era também um refugiado sírio. Mas neste caso um crime foi "só" um crime (mesmo que tenha sido horrendo).
2. A guerra continua, fora da Europa. Quatro hospitais na Síria foram atingidos por bombardeamentos em apenas 24 horas, segundo a Associação de Médicos Independentes; no sábado, um atentado do Daech em plena manifestação pacífica, em Cabul, fez 61 mortos; Ontem, no Iraque, foram mortas 14 pessoas num ataque suicida numa zona de maioria xiita de Bagdad.
Bem sei que tudo isto é menos perto de nós. Mas não há uma só razão plausível para falarmos menos do terror que por lá passa também.
3. Hoje é dia anti-Trump, lá pelos Estados Unidos. Está prestes a começar a Convenção democrata que vai eleger Hillary Clinton como candidata à Casa Branca. O João Alexandre está lá, em Filadélfia, e descobriu um músico de rua triste pela desistência de Bernie Sanders - e assim fez esta peça sobre a dúvida que aflige muitos democratas: como votar Hillary com Bernie no coração? Consegue adivinhar a resposta, certo?
Hillary Clinton anda, porém, com azar no que respeita a correspondência eletrónica. Ontem um escândalo com emails secretos levou à demissão da presidente do partido Democrata, imaginem só, por ter manobrado contra a candidatura de Sanders (que belo dia para se saber disto, não é?).
4. A propósito de belo dia: cá está mais uma vaga de calor. Conte com temperaturas acima dos 40 graus em pelo menos 4 distritos do país, conte também com uma temperatura mínima muito elevada. Ontem, todo este calor resultou no dia com mais incêndios do ano (já controlados). Mas, felizmente, continuamos sem registo de um aumento da mortalidade. Mesmo assim, reitero o pedido: proteja-se, nunca facilite.
5. Quem não quer temperaturas altas é... Marcelo Rebelo de Sousa. Hoje o Presidente recebe os partidos, depois de ter avisado que notou "uma certa subida de temperatura nos atores políticos", pelos vistos "habitual em julho". Marcelo tem uma explicação para essa subida (que não passa pelo termómetro) e tem também uma espécie de antibiótico na mão. Se quiser perceber melhor, está aqui o texto.
As audiências começam ao meio-dia e vão durar o resto do dia, sem interrupção para o Presidente almoçar (nem uma salada fresca, sr. Presidente?)
Dito tudo isto...
Falta ainda deixar-lhe o link do Governo-sombra - onde o Ricardo Araújo Pereira, o João Miguel Tavares e o Pedro Mexia se dedicaram à Turquia, sim, mas também ao penico e o pokemongo. Sorria, divirta-se. Aproveite o verão.
Até amanhã!