Merkel e Faymann deram uma conferência de imprensa conjunta para exigir celeridade no processo de acolhimento dos refugiados. Pedem reunião na próxima semana.
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A chanceler alemã diz que não quer "fazer ameaças", mas que é preciso "recuperar o espírito europeu". Numa conferência de imprensa conjunta com o homólogo austríaco, em Berlim, Angela Merkel e Werner Faymann colocaram-se lado a lado nessa demanda de ter uma Europa que responda com urgência à crise dos refugiados. Por isso mesmo, anunciaram que vão pedir à União Europeia uma reunião urgente na próxima semana.
Depois do falhanço da reunião de ontem, Merkel continua a marcar presença na frente de batalha da defesa dos refugiados. Hoje vem dizer que a Europa "tem que decidir como ajudar os países de onde provêm estas pessoas" e tem que "trabalhar mais com a Turquia", que faz fronteira com a Síria.
Angela Merkel volta novamente a sublinhar que a Alemanha, a Áustria e a Suécia não podem ficar sozinhas com esse desígnio de acolher esta vaga de refugiados.
A Alemanha prepara-se para receber 800 mil pessoas, restabeleceu entretanto o controlo de fronteiras e Merkel deixa o sublinhado: tomou a decisão de "ajudar as pessoas" e o controlo fronteiriço é o "caminho certo para facilitar o registo dos refugiados" que procuram chegar à Alemanha.
Na mesma linha, o chanceler austríaco fez questão de sublinhar que "se a Europa não atuar, estará em causa o projeto europeu". Faymann conclui: "Mostrámos na crise financeira que fomos capazes de reagir, é isso que temos que mostrar novamente, que a Europa consegue atuar conjuntamente" para dar resposta à crise dos refugiados.