A Alemanha, a França e o Reino Unido pediram hoje medidas urgentes para pôr fim ao conflito na Síria e reforçam a «urgência» de uma resolução no âmbito das Nações Unidas.
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A chanceler alemã, Angela Merkel, disse hoje, em Berlim, que o atentado suicida em Damasco reforça a «urgência» de uma resolução das Nações Unidas sobre a Síria.
«Os acontecimentos demonstram que é urgente que a próxima resolução das Nações Unidas seja aprovada e que a comunidade internacional possa trabalhar no sentido de parar com os abusos aos direitos humanos e fazer avançar o processo político», disse hoje Angela Merkel após um encontro com o primeiro-ministro da Tailândia.
O chefe da diplomacia britânica, William Hague, disse hoje que o atentado suicida que vitimou dois membros do Governo de Damasco «provam» a necessidade de uma resolução das Nações Unidas para acabar com a crise.
«Este incidente, que nós condenamos, confirma a necessidade urgente da adoção do capítulo VII da resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas para a Síria», disse hoje William Hague através de um comunicado difundido pelo Foreign Office.
A mesma posição foi demonstrada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Laurent Fabius, que disse hoje que o Governo de Paris, «sem conhecer as circunstâncias do ataque, condena sempre o terrorismo» e acrescentou que os acontecimentos ocorridos hoje em Damasco «fazem com que seja mais necessária e urgente uma saída no sentido de uma política de transição».
O ministro da defesa sírio, Daud Rajha, e o vice-ministro da Defesa e cunhado do Presidente Bashar al-Assad, Assef Shawkat, foram hoje mortos num atentado suicida na sede da Segurança Nacional, em Damasco.
Vários altos responsáveis ficaram feridos no ataque, incluindo o ministro do Interior, Mohamed Shaar, o chefe da Segurança Nacional, Hisham Ikhtiar, e um adjunto do vice-presidente, Hassan Turkmeni, segundo fonte da segurança.
A reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a Síria está agendada para decorrer hoje em Nova Iorque.