Exportações de gás russo em direção à Europa estão em baixa constante desde o início das sanções.
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A Alemanha vai adotar medidas de urgência para garantir a segurança do abastecimento face à redução nas entregas de gás russo, nomeadamente reforçando a utilização das centrais a carvão para produção de eletricidade, anunciou este domingo o Governo.
"Para reduzir o consumo de gás, tem de ser menos utilizado para a produção de eletricidade. Em alternativa, as centrais a carvão terão de ser mais usadas", afirmou este domingo o Ministério da Economia em comunicado.
A associação ambientalista Zero compreende a decisão do governo alemão, mas sublinha que, em nome do clima, tem de ser encarada como transitória.
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"É uma decisão compreensível, mas tem mesmo de ser encarada como uma emergência muito temporária para assegurarmos que, efetivamente, não se trata de uma solução de médio/longo prazo. Verdadeiramente temos de fazer uma aposta nas energias renováveis, na eficiência energética e a Alemanha sabe que deve ser esse o caminho. Não podemos prolongar o tempo de vida de centrais nucleares obsoletas ou de centrais a carvão fazendo uma mudança completa em relação àquilo que a própria Alemanha traçou como caminho para a sua neutralidade climática", explicou à TSF Francisco Ferreira.
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As exportações de gás russo em direção à Europa estão em baixa constante desde o início das sanções contra a Rússia, em resposta à invasão da Ucrânia. A Gazprom interrompeu as suas entregas de gás a diversos clientes europeus que recusaram pagar em rublos.
Cerca de metade das empresas estrangeiras que concluíram um contrato de fornecimento de gás com a Gazprom abriram uma conta em rublos junto do Gazprombank para garantir os seus pagamentos, assegurou em meados de maio o vice-primeiro-ministro russo Alexandre Novak, citado pela agência noticiosa Ria-Novosti.