No entanto, a eurodeputada socialista defende que se se chegar à conclusão de que o regime de Bashar al-Assad é responsável pelo ataque químico a intervenção deve ser «proporcional».
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A socialista Ana Gomes apoia uma eventual intervenção militar na Síria, mas antes é preciso determinar quem foram os responsáveis pelo ataque químico de 21 de agosto nos arredores de Damasco.
«Se se chegar à conclusão que o regime de Assad é responsável por isto eu serei favorável a uma intervenção militar proporcional e bem determinada a um determinado alvo que enfraqueça decisivamente o regime de Assad», explicou.
Considerando que cabe ao povo sírio uma eventual mudança do seu governo, Ana Gomes lembrou que seria ideal que uma intervenção na Síria sob levado a cabo sob mandato do Conselho de Segurança da ONU.
Contudo, lembrou a eurodeputada socialista, por agora esta opção é impossível, dado que «Rússia e China, principalmente, se opõem a isso».
«Este é outro problema da disfuncionalidade da governação a nível global que temos, que é o Conselho de Segurança estar bloqueado. Precisa de uma reforma urgente», sublinhou.
A ex-embaixadora de Portugal na Indonésia lembra ainda que este tipo de crimes tem de ser punido, caso contrário isto «daria 'luz verde' para todos os déspotas fazerem o que entenderem, utilizando o tipo de armamento mais obsceno».
Ana Gomes rejeitou ainda qualquer paralelismo entre uma eventual intervenção norte-americana na Síria e a que aconteceu no Iraque, uma vez que não está em causa a invasão do território sírio nem a mudança de governo deste país.