O parlamento britânico chumbou ontem a possibilidade de o Reino Unido participar numa ação militar na Síria. Os EUA já garantiram que vão atuar de acordo com os seus interesses.
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A moção do Governo britânico defendia uma intervenção militar «legal e legitimada» na Síria, mas foi rejeitada por 285 deputados, apenas mais 13 do que os 272 que a apoiaram.
O resultado da votação, na Câmara dos Comuns, obrigou o primeiro-ministro, David Cameron, a reconhecer que «o parlamento e os britânicos não querem uma intervenção militar».
«Compreendi e atuarei em consequência», afirmou o chefe do Governo pouco depois de conhecer o resultado da votação.
O governo britânico tinha dito antes que uma intervenção na Síria não significa uma tomada de posição no conflito interno no país nem uma tentativa de derrubar o regime de Bashar al-Assad.
O secretário da Defesa britânico, Philip Hammond, assinalou por seu lado à BBC que os Estados unidos «ficarão dececionados por o Reino Unido não se envolver» numa ação de força mas recusou a ideia de que a ausência do seu país implique uma intervenção contra o regime sírio.
Entretanto, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos afirmou que o Presidente norte-americano irá atuar na Síria de acordo com os melhores interesses dos Estados Unidos, apesar da rejeição a uma ação militar por parte do parlamento inglês.
«Vimos os resultados da votação no parlamento do Reino Unido esta noite e, como já dissemos, a decisão que o Presidente Obama venha a tomar será guiada pelos superiores interesses dos Estados Unidos», disse.
Caitlin Hayden acrescentou que o Barack Obama acredita existirem interesses centrais em risco para os Estados Unidos e defende que os países que violam normas internacionais em relação a armas químicas têm de ser responsabilizados.