O primeiro-ministro sírio, Wael al-Halqi, acusou os países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, de inventarem «cenários falsos» para justificar uma intervenção militar na Síria.
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«O primeiro-ministro assegura (...) que os países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, inventam cenários falsos e preparam pretextos fictícios para intervir militarmente na Síria», diz um comunicado governamental citado pela televisão estatal síria.
Wael al-Halqi advertiu ainda os países ocidentais de que a Síria será o «cemitério dos agressores» em caso de intervenção militar.
«A Síria (...) vai surpreender os agressores como surpreendeu durante a guerra [israelo-árabe] de outubro [1973] e será um cemitério dos agressores», afirmou o primeiro-ministro sírio.
«As suas ameaças colonialistas não nos aterrorizam por causa da vontade e da determinação do povo sírio, que não aceita ser humilhado», reforçou o político.
A 06 de outubro de 1973, dia do feriado judaico Yom Kippur, uma coligação de estados árabes liderados pelo Egito e pela Síria lançaram um ataque inesperado contra Israel. Apesar do efeito surpresa, o conflito, que terminou a 26 de outubro de 1973, acabou por ser dominado pelas forças israelitas que bombardearam de forma intensa a capital síria Damasco.
No passado dia 21 de agosto, a oposição síria acusou o regime do Presidente sírio Bashar al-Assad de ter realizado o pior ataque químico na Síria.
De acordo com fontes médicas no terreno, citadas pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não-governamental de oposição a Al-Assad, com sede em Londres, mais de 300 pessoas morreram no ataque.
Vários países ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França, declararam estar prontos a dar uma resposta adequada à Síria e intervir militarmente.
O regime de Damasco nega ter usado armas químicas contra a população.