Governo de Maduro acusou Portugal de por em perigo a sua comunidade na Venezuela ao apoiar Guaidó.
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O Governo português não tem conhecimento de quaisquer represálias contra a comunidade portuguesa na Venezuela, pela posição adotada oficialmente pelo país contra o regime de Nicolás Maduro.
Em declarações à TSF, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, lembra que a intervenção militar é "o quadro que todos queremos evitar" e também que "Portugal está a trabalhar nesse sentido".
Isto depois de Caracas ter acusado Portugal, Espanha e Alemanha de pôr em perigo os seus cidadãos ao reconhecerem Juan Guaidó como Presidente interino do país e apoiarem os planos dos Estados Unidos de "invadir militarmente" a Venezuela.
"Governos como os de Espanha, governos como o de Portugal, que apelam abertamente a uma intervenção militar na Venezuela, e que são capazes de reconhecer um indivíduo, segundo eles, como Presidente, que chamam ao seu reconhecimento e que pensam que podem fazer um ultimato à Venezuela, estão a pôr em perigo a vida dos nacionais, portugueses e espanhóis", disse esta quinta-feira Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Constituinte da Venezuela e o segundo homem mais forte do chavismo.
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O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas lembra ainda que a comunidade portuguesa é "essencial para o próprio país".
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Portugal "reconhece e apoia a legitimidade" de Juan Guaidó para assumir o cargo de Presidente interino da Venezuela, com o encargo de convocar, preparar e organizar eleições presidenciais livres, inclusivas e justas", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, esta segunda-feira.
Portugal juntou-se assim a outros países europeus, como Espanha, Reino Unido, Suécia, Dinamarca e França, que tinham dado um prazo de oito dias a Maduro para convocar eleições livres, findo o qual retirariam o seu apoio ao regime.