Apoiantes do Presidente deposto incendiaram hoje uma igreja católica em Sohag, no centro do país, como «represália» pela carga da polícia no Cairo.
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De acordo com a agência de notícias oficial MENA, os atacantes utilizaram cocktails molotov que foram atirados contra a igreja de Sohag, uma cidade na região centro do Egito onde vive uma considerável comunidade de cristãos coptas. A igreja ficou destruída pelas chamas.
O Ministério do Interior egípcio anunciou hoje o «controlo total» pelas forças de segurança de um dos dois acampamentos de protesto dos apoiantes do Presidente islamita deposto no Cairo depois de uma operação policial.
A praça Al-Nahda, no Cairo, está «totalmente sob controlo» e as «forças policiais conseguiram remover a maior parte das tendas» que se encontravam no local, refere o Ministério.
O balanço oficial da operação policial para desmantelar os dois maiores acampamentos de apoiantes do Presidente deposto Mohamed Morsi, no Cairo, é de seis mortos e 26 feridos segundo o Ministério da Saúde.
A Irmandade Muçulmana fala de «centenas de mortos».
O atual clima de tensão no Egito iniciou-se a 30 de junho, quando diversos setores da oposição promoveram grandes protestos exigindo a deposição do Presidente islamita Mohamed Morsi, eleito em junho de 2012 nas primeiras eleições livres no país.
Em 3 de julho o Presidente foi deposto e detido pelos militares, tendo sido formado um Governo de transição, entre os protestos das correntes islamitas que exigem o seu regresso ao poder.