
Aristides Pereira
Direitos Reservados
Reagindo à morte de Aristides Pereira, Mário Soares lembrou que o primeiro presidente cabo-verdiano era um «grande lutador por quem tinha uma alta consideração e estima».
Corpo do artigo
Mário Soares considerou que Aristides Pereira, que faleceu, esta quinta-feira, aos 87 anos, ganhou um lugar na história, tendo um «homem sério com grande prestígio» em Cabo Verde, onde foi o primeiro Presidente da República após a independência.
Ouvido pela TSF, o ex-Presidente da República lembrou a modéstia de Aristides Pereira e os «momentos muito sérios» que passou durante a sua vida, incluindo as tentativas de o prender e de o torturar.
«Era um grande lutador por quem eu tinha uma alta consideração e estima», acrescentou Soares, que esteve com Aristides Pereira, em Dacar, numa altura em que o então chefe da diplomacia portuguesa e este político cabo-verdiano fizeram o acordo para o primeiro cessar-fogo.
Soares recordou que, na altura, não conhecia pessoalmente Aristides Pereira e depois de uma conversa à noite na capital senegalesa «ficou assente logo o cessar-fogo».
«Foi uma coisa óptima. Foi o primeiro acto de descolonização que se fez na altura para acabar com a guerra», concluiu.