A vencedora 'Azinheira Milenar de Lecina' é também conhecida por 'árvore das bruxas' porque, reza a lenda, houve tempos em que as bruxas povoavam a Serra da Guará, onde dançavam e festejavam em torno da azinheira.
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O prémio da Árvore Europeia do Ano de 2021 foi entregue esta quarta-feira à 'Azinheira Milenar de Lecina', de Espanha, com 104.264 votos, tendo o representante português a concurso, o 'Plátano do Rossio', em Portalegre, ficado em 4.º lugar.
Os vencedores foram revelados durante a cerimónia de premiação 'online' durante a conferência "Plantando para o Futuro: 3 mil milhões de árvores na Europa".
O segundo lugar foi atribuído ao 'Plátano de Curinga' de Itália (78.210 votos) e o terceiro ao 'Plátano antigo' da Rússia (66.026 votos).
O 'Plátano do Rossio' de Portugal contabilizou 37.410 votos, seguindo-se a 'Tília de São João Nepomuceno' (35.422 votos) da Polónia, a 'antiga Árvore-mãe' da Holanda (34.244 votos), uma macieira da República Checa (32.028 votos), a 'Árvore de Judas' da Hungria (31.867 votos), a 'Pouplie' da França (31.594 votos), a 'árvore de chocolate' da Croácia (31.283 votos), a 'árvore sobrevivente' do Reino Unido (31.197 votos), o 'sobrevivente de quatro troncos' da Bélgica (30.886 votos), o 'Carvalho Antigo' da Eslováquia (30.058 votos) e a 'velha Amoreira' da Bulgária (30.055 votos).
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"As árvores são tão importantes para a nossa sociedade, elas são seres bonitos e sensíveis. Elas formam o nosso ambiente, mas também as usamos como memoriais vivos de eventos históricos significativos e essa é a essência do nosso concurso", frisa o eurodeputado e embaixador do concurso, Michal Wiezik.
A vencedora 'Azinheira Milenar de Lecina' encontra-se na pequena localidade de Alto Aragón, que tem apenas 13 habitantes, e estima-se que tenha cerca de mil anos.
É também conhecida por 'árvore das bruxas' porque, reza a lenda, houve tempos em que as bruxas povoavam a Serra da Guará, onde dançavam e festejavam em torno da azinheira.
O representante português, o 'Plátano do Rossio', foi plantado em 1838 e é o maior da Península Ibérica.
Debaixo dos 37 metros de diâmetro de copa do ex-libris de Portalegre nasceram clubes, associações e bandas filarmónicas.
Os vários países reuniram-se em torno das 14 árvores candidatas que competem pelo título "Árvore Europeia do Ano", promovendo os seus candidatos favoritos durante o mês de fevereiro.
O concurso foi organizado pela Environmental Partnership Association (EPA), uma associação fundada por seis países: Bulgária, República Checa, Hungria, Polónia, Roménia e Eslováquia, que apoia projetos comunitários locais que têm como objetivo proteger o ambiente e capacitar comunidades locais.
Nos últimos 20 anos, a EPA forneceu 10 milhões de euros de financiamento para estes projetos.
Este consórcio de fundações nacionais independentes, autónomas e sem fins lucrativos organiza o concurso de Árvore Europeia do Ano desde 2011 sob a premissa de que numa árvore há uma história que pode unir a comunidade.