Assessor de Melenchon acredita que candidato da extrema esquerda pode chegar aos 20 por cento
O português Bruno Fialho lembrou que Melenchon «foi um dos raros dirigentes do PS francês a apelar a votar não» contra o Tratado de Lisboa, um documento «neoliberal».
Corpo do artigo
Um assessor de origem portuguesa do candidato mais à esquerda das presidenciais francesas entende que Jean-Luc Melenchon tem potencial para ultrapassar os 20 por cento se os indecisos decidirem votar neste candidato.
Em declarações à TSF, Bruno Fialho explicou que «em pouco meses, passámos de quatro para 15 ou 17 por cento e temos potencial para subir aos 20 e tal por cento se os indecisos votarem em nós».
Este luso-descendente fez da luta contra o Tratado de Lisboa uma vitória política, uma situação que o levou de resto até Jean-Luc Melenchon que, nas sondagens, surge a par da candidata de extrema direita Marine Le Pen.
Bruno Fialho lembra que Melenchon «foi um dos raros dirigentes do PS francês a apelar a votar não a este tratado e em França o povo votou 55 por cento contra o Tratado de Lisboa».
«Aí Jean-Luc Melanchon começou a refletir que só saindo do PS francês é que se poderia criar uma verdadeira esquerda em França que resiste aos tratados neoliberais», lembrou.
Este luso-descendente referiu ainda que Melenchon, que tem muitos amigos portugueses, usa um cravo na sua lapela, numa referência ao 25 de Abril e que também gosta de «comer e beber bem como todos os revolucionários que gostam da vida».