O ministro do Interior francês revelou na rede social X que o autor do crime já foi detido.
Corpo do artigo
Um homem armado com uma faca matou, esta sexta-feira, um professor e feriu outros dois numa escola secundária em Arras, França, avança a agência AFP. Segundo fonte policial, entre os feridos graves está um dos professores e um segurança.
"Uma operação policial teve lugar no Liceu Gambetta, em Arras. O autor do crime foi detido pela polícia", escreveu o ministro do Interior, Gérald Darmanin, na rede social X (ex-Twitter).
1712763811717898648
De acordo com informações de uma fonte da polícia francesa, o agressor terá gritado "Allah Akbar" [Deus é grande] durante o ataque. O homem responsável pelo ataque tem 20 anos é de origem chechena. O irmão do atacante, de 17 anos, também foi detido pelas autoridades de segurança francesas.
Na sequência deste ataque foram detidos dois homens.
Os meios de comunicação franceses France Info e BFM informaram que o agressor era um ex-aluno da escola.
A procuradoria nacional antiterrorismo anunciou que abriu uma investigação sobre este caso. Nenhum estudante da escola secundária ficou ferido, segundo uma fonte policial.
O Palácio do Eliseu já comunicou que o Presidente Emmanuel Macron está a caminho do local e a Assembleia Nacional anunciou que iria suspender o seu trabalho em solidariedade com as vítimas. A vice-presidente da Câmara Baixa do Parlamento, Naima Moutchou, disse que a Assembleia Nacional "expressa a sua solidariedade e os seus pensamentos pelas vítimas, pelas suas famílias e pela comunidade educativa ao saber que um professor foi morto e vários outros ficaram feridos".
O ataque acontece cerca de um ano depois do assassínio do professor Samuel Paty, morto em 16 de outubro de 202 nas proximidades da sua escola em Conflans-Sainte-Honorine, na região de Paris, cerca de dez dias depois de ter mostrado caricaturas de Maomé para seus alunos durante uma aula sobre liberdade de expressão. O agressor de 18 anos, um refugiado russo de origem chechena, foi morto pela polícia.
O ataque ocorre quando a guerra se intensifica em Israel, contra o movimento islamita Hamas, levando o Executivo francês a temer uma importação do conflito para o seu país.