Dezoito pessoas morreram quinta-feira no Iraque, incluindo seis num ataque à bomba num casamento, sendo estas as últimas vítimas da espiral de violência no país, apesar das operações militares de grande envergadura ordenadas pelo Governo.
Corpo do artigo
O primeiro-ministro, Nuri al-Maliki, prometeu avançar com a campanha contra rebeldes, que está entre as maiores desde que as forças norte-americanas retiraram do território iraquiano em 2011.
No ataque mais mortífero de quinta-feira, uma bomba na beira da estrada atingiu uma festa de casamento em Dujail, a norte de Bagdad, matando seis pessoas e ferindo outras 22, disseram fontes oficiais.
A bomba explodiu perto dos músicos que tipicamente acompanham as festas de casamento no Iraque, mas a noiva e o noivo não ficaram feridos.
Dujail é uma cidade predominantemente muçulmana xiita e, apesar de ainda nenhum grupo ter reivindicado o ataque, os grupos de militantes sunitas ligados à Al-Qaida frequentemente atacam xiitas, para quem olham como apostatas.
O resto das mortes ocorridas na quinta-feira ficaram na maioria concentradas em cidades sunitas e em cidades a norte e oeste de Bagdad, áreas que têm sido palco nos últimos meses de agressivos protestos antigovernamentais e que estão entre as mais instáveis do território.
Um bombista suicida detonou um camião carregado de explosivos num posto de controlo do exército numa autoestrada na província de Anbar, matando quatro pessoas, de acordo com fontes médicas.
Noutros pontos do país, diversos ataques à bomba ou com armas de fogo causaram a morte a cinco pessoas na província noroeste de Nineveh, incluindo três soldados, e uma bomba contra uma mesquita sunita na cidade de Baquba matou outras duas.
Na cidade de Kirkuk, entretanto, homens armados raptaram e executaram um juiz.
A violência no Iraque atingiu níveis nunca vistos desde 2008, quando o país emergia de um conflito brutal entre xiitas e sunitas que ceifou dezenas de milhares de vidas.
Os ataques mataram pelo menos 3.570 pessoas desde o início de 2013, de acordo com dados compilados pela agência de notícias AFP.