Brenton Tarrant, autor dos ataques às mesquitas Al Noor, em Hagley Park, e de Linwood Masjid, na Nova Zelândia, disparou indiscriminadamente sobre homens, mulheres e crianças. Cinquenta e uma pessoas morreram.
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O principal suspeito dos tiroteios em mesquitas na Nova Zelândia enfrenta agora acusações de terrorismo. Brenton Tarrant é apenas uma de quatro pessoas que foram investigadas pelos ataques de 15 de março. Tarrant está, neste momento, acusado de "se envolver num ato terrorista", segundo revelou a polícia nacional, em comunicado.
As acusações incluem assassinato e tentativa de homicídio em duas mesquitas na cidade de South Island . O australiano, extremista da ala de direita, conhecido por discursos anti-imigração, será ouvido em tribunal em junho, como reporta a BBC .
No entanto, as acusações têm aberto um debate na Nova Zelândia sobre as leis de terrorismo, já que tal categorização prolonga os julgamentos, e, potencialmente, fornecem uma plataforma para visões extremistas.
O ataque de março foi o mais massivo tiroteio no país neozelandês e levou os deputados a proibirem armas semiautomáticas de estilo militar em território nacional, de forma a impedir que novos atentados ocorram.
O suspeito apresentou-se perante o tribunal pela última vez em abril, a partir de videoconferência. Na sessão, o juiz ordenou que Brenton Tarrant se submetesse a testes de saúde mental.
O autoproclamado supremacista branco - que alegadamente documentou as suas intenções antes do ataque - ainda não recorreu das acusações.
Acusado de disparar sobre homens, mulheres e crianças enquanto rezava nas duas mesquitas de Christchurch, o piloto de 28 anos transmitiu o tiroteio a partir de uma câmara ajustada à sua cabeça.