As autoridades gregas tentam acalmar os militantes pró-palestinianos da frota humanitária, obrigados desde sexta-feira a permanecer em portos gregos, garantindo-lhes que a ajuda será enviada pelos canais já existentes.
Corpo do artigo
A Grécia «propôs chamar a si o transporte da ajuda humanitária, enviando-a por intermédio de embarcações gregas ou por outros meios apropriados, pelos canais já existentes», segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Israel mantém um bloqueio marítimo à faixa de Gaza, governada pelo movimento islâmico Hamas, que lhe é hostil.
Na sequência de anteriores tentativas de militantes internacionais para fazer chegar ajuda humanitária a Gaza, o governo israelita já se prontificou a fazer chegar todos os bens, mas somente depois de controlar o conteúdo, por suspeitar de que armas ou munições possam estar escondidas.
Outra alternativa para fazer chegar a ajuda internacional a Gaza será fazê-la passar pela fronteira entre este território e o Egipto.
O primeiro-ministro grego Georges Papandreou falou hoje ao telefone com o presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, Mahmoud Abbas, em que lhe propôs que fosse a Grécia a responsabilizar-se pelo transporte da ajuda, refere entretanto um comunicado do governo grego.
Papandreou sublinhou que tal seria feito «em cooperação com as Nações Unidas e as autoridades competentes» e «em contacto permanente com a Autoridade Palestiniana».
Abbas classificou a proposta grega de positiva e manifestou o seu apoio, adianta o comunicado.
Os militantes da frota, que integra dez navios, criticaram duramente o primeiro-ministro grego depois de uma embarcação da Guarda-Costeira grega, com homens armados e mascarados, terem interceptado sexta-feira o "Audacity of Hope", com bandeira norte-americana, obrigando-o a regressar ao porto de onde tentou sair sem autorização.