Quinta-feira já foi considerado um dos dias mais mortíferos nos últimos anos no Paquistão. Uma série de atentados bombistas provocou mais de uma centena de vítimas mortais.
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Pelo menos 82 pessoas foram mortas e 121 outras ficaram feridas na quinta-feira quando dois bombistas suicidas se fizeram explodir numa zona lotada no sudoeste da cidade de Quetta, dominada pela comunidade xiita, indicou a polícia, citada pela agência AFP.
O grupo extremista sunita Lashkar-e-Jhangvi assumiu a responsabilidade pelo duplo atentado, que foi um dos piores ataques individuais cometidos contra a minoria xiita, correspondente a cerca de 20 % dos 180 milhões de habitantes do Paquistão.
Depois de um primeiro bombista se ter feito explodir no interior do edifício do clube, um segundo atacante, que chegou de carro, fez-se explodir dez minutos depois no exterior, numa altura em que polícias, jornalistas e equipas de salvamento acorriam ao local, disse o agente Zubair Mehmood.
Entre as vítimas mortais registadas neste duplo atentado estão nove polícias e um operador de câmara de uma televisão local.
Este foi também um dos atentados mais mortíferos no Paquistão, desde que, a 13 de maio de 2011, dois bombistas suicidas provocaram a morte de 98 pessoas nas imediações de um centro de treino no noroeste da cidade de Shabqadar, pouco depois de os Estados Unidos terem morto Osama bin Laden.
Na madrugada desta quinta-feira, uma bomba detonada junto a uma multidão na localidade de Quetta, destruiu um veículo das forças de segurança e matou 11 pessoas, ferindo mais de um dezena de outras.
Um terceiro incidente - a explosão de uma bomba numa concentração religiosa no noroeste de Swat valley -, provocou 22 mortos e mais de 80 feridos.
A organização Human Rights Watch, com sede nos Estados Unidos, disse que 2012 bateu o recorde em número de mortos xiitas no Paquistão.