Um mês depois do rapto de mais de 200 jovens na Nigéria, o ativista Shehu Sani defende, em declarações à TSF, que o governo tem de negociar para conseguir libertar as raparigas.
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Shehu Sani foi o primeiro a dizer que o Boko Haram iria tentar usar as jovens como moeda de troca.
Apesar da recusa inicial do governo nigeriano, uma troca de prisioneiros não seria inédita, diz Shehu Sani. O ano passado, o governo aceitou libertar uma centena de elementos do grupo para reaver 12 raparigas que tinham sido raptadas .
Também em 2011 e 2012 houve negociações para tentar conseguir um acordo de paz. Apesar de não ter sido bem sucedido, Shehu Sani, que foi o mediador, sabe o que esperar do Boko Haram.
Este ativista dos direitos humanos, que critica o atraso com que as autoridades reagiram a esta crise, diz que está disposto a ajudar
Shehu Sani defende que o governo tem de criar rapidamente uma equipa de negociadores porque não há tempo a perder, é preciso aproveitar a disponibilidade do Boko Haram.
Para Shehu Sani, o uso da força está fora de causa até porque ninguém sabe onde estão as raparigas e defende que, mais de um mês depois do rapto, está na hora de negociar.