O Parlamento da Nigéria aprovou hoje prorrogar durante seis meses a declaração de emergência decretada sobre os Estados de Adamawa, Yobe y Borno, principais áreas de ação do grupo radical islámico Boko Haram.
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A medida, solicitada pelo Presidente nigeriano, Goodluck Jonathan e aprovada por maioria na Câmara dos Representantes, é a terceira declaração de emergência na região nordeste do país, devastada pela violência dos insurgentes.
Foi imposta pela primeira vez em maio de 2013 e renovada em novembro, mas a atual situação de insegurança, com ataques frequentes e o recente sequestro em massa de meninas numa escola na cidade do norte de Chibok, levou o Presidente nigeriano para solicitar a prorrogação.
De acordo com os media nigerianos, Jonathan vai visitar na sexta-feira esta pequena localidade do Estado de Borno, um mês depois dos sequestros.
Apesar das declarações de estado de emergência, os ataques dos islâmicos radicais têm aumentado nos últimos meses.
De acordo a Amnistia Internacional, nos três primeiros meses deste ano foram mortos 1.500 civis em consequência desses ataques, pelo que alguns setores questionam a eficácia da medida, avançou a agência Efe.
Desde que a polícia terminou, em 2009, com o então líder do Boko Haram, Mohammed Yusuf, os radicais mantêm uma campanha sangrenta que já causou mais de 3.000 mortos.
Com 170 milhões de habitantes integrados em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais populoso de África, sofre múltiplas tensões devido a profundas diferenças políticas, religiosas e territoriais.