O chefe da missão de observadores na Síria denunciou o aumento da violência nos últimos três dias no país, onde hoje foram mortas 56 pessoas, segundo activistas da oposição.
Corpo do artigo
No plano diplomático, e após mais de dez meses de revolta e de milhares de mortos, o Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se esta noite para discutir a situação na Síria, mas a Rússia já anunciou que não apoiará qualquer resolução que apele à saída do poder do presidente Bashar al-Assad.
No terreno, a repressão da revolta fez 44 mortos em todo o país, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que actualizou um balanço feito horas antes.
Segundo o OSDH, as forças de segurança mataram pela primeira vez civis (cinco) em Alep, segunda cidade do país.
Dois atentados contra as forças de segurança em Idleb e em Mazairib, perto de Deraa, fizeram 12 mortos entre os membros destas forças, de acordo com o presidente do OSDH, Rami Abdel Rahmane.
O chefe da missão de observadores da Liga Árabe na Síria, o general sudanês Mohammed Ahmed Moustapha al-Dabi, indicou que a violência aumentou «de forma importante» desde terça-feira, em particular em Homs, Hama e Idleb.
Segundo o OSDH, 176 pessoas foram mortas durante este período: 33 civis foram mortos na terça-feira, 25 mortos (15 dos quais civis) no dia seguinte, 62 (43 civis) na quinta-feira e 56 (44 civis) hoje.
Como é habitual à sexta-feira, os opositores do regime apelaram aos sírios para se manifestarem nas ruas após as orações nas mesquitas.
Em Damasco registaram-se concentrações em vários bairros e registaram-se disparos das forças de segurança, de acordo com a mesma fonte.
No Cairo, dezenas de opositores do regime de Assad atacaram a embaixada da Síria partindo portas e janelas para forçarem a entrada no edifício, mas acabaram por ser retirados pelas forças de segurança egípcias.