O secretário-geral das Nações Unidas condenou o que diz ser uma «tomada inconstitucional do poder» pelos rebeldes na República Centro-Africana, num comunicado emitido na noite de domingo.
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Ban Ki-moon diz-se «profundamente preocupado» com as informações de violação dos direitos humanos e «sublinha que os responsáveis por esses atos serão responsabilizados».
O comunicado foi emitido depois de os rebeldes na República Centro-Africana terem tomado o controlo da capital Bangui, forçando a saída do presidente François Bozizé.
Michel Djotodia, líder da coligação rebelde Séléka e autoproclamado presidente da República Centro Africana, prometeu no domingo que irá respeitar os acordos de paz de janeiro.
Em declarações à Radio France Internationale (RFI), o líder do Séléka garantiu «ainda estar no espírito de Libreville», cidade onde foram assinados os acordos de janeiro.
Ao fim da tarde de ontem, e depois do ministério dos negócios estrangeiros francês ter decidido enviar mais 350 militares para o país, o presidente François Hollande apelou à calma e pediu diálogo de todas as partes envolvidas no conflito para a formação de um Governo de unidade nacional.
Na última noite, o secretário de Estado das Comunidades revelou ao Jornal de Notícias que alguns dos 35 cidadãos nacionais que vivem na República Centro-Africana já manifestaram vontade de abandonar o país, caso a evolução dos acontecimentos venha a impôr uma operação de evacuação.