Barack Obama fez na última noite o discurso sobre o Estado da União. O presidente dos EUA afirmou que o país está numa nova fase. Obama pediu, ainda, ao Congresso novos poderes para enfrentar os militantes islâmicos no Iraque e na Síria e o levantamento do embargo económico contra Cuba .
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«Depois de tudo o que sofremos, depois da coragem e do trabalho duro de todos, depois de todas as tarefas que cumprimos podemos dizer que a sombra da crise já passou». As palavras são de Barack Obama, que na última noite proferiu o discurso sobre o Estados da União. Depois de anos de luta com os republicanos sobre o rumo que o país devia levar, o presidente dos Estados Unidos defendeu as políticas que tem adotado desde que assumiu em cargo, há seis anos.
Para demonstrar que esteve certo nas suas opções políticas, Obama destacou no seu discurso, a recuperação económica, o crescimento do emprego, o aumento do número de pessoas com seguro de saúde, a descida do preço do gás.
Quanto à política externa, o Presidente dos Estados Unidos pediu ao Congresso para levantar o embargo económico contra Cuba no quadro da reaproximação histórica entre os dois países. «Este ano, o Congresso deverá começar a trabalhar para acabar com o embargo» que Washington impôs a Havana há mais de meio século, disse o Presidente norte-americano no seu discurso sobre o Estado da União, na véspera das primeiras reuniões entre Washington e Havana para normalizar as relações diplomáticas entre os dois países que viveram de costas voltadas durante mais de meio século.
Ao nível da política internacional, Obama pediu ao Congresso novos poderes para enfrentar os militantes islâmicos no Iraque e na Síria.
«Mantemo-nos unidos ao lado das pessoas em todo o mundo que já foram alvo dos terroristas, desde a escola do Paquistão às ruas de Paris», afirmou o Presidente norte-americano no discurso anual sobre o Estado da União. «Vamos continuar a perseguir terroristas e a desmantelar as suas redes», acrescentou.
Obama pediu mesmo ao Congresso para aprovar uma resolução que autorize o uso da força contra o Estado Islâmico e atribua base legal e possíveis limites temporais à campanha, uma medida que tem reivindicado desde novembro. «Esta ação vai demorar. Vai requerer concentração. Mas vamos ser bem-sucedidos», defendeu.
«Esta noite, eu apelo ao Congresso para mostrar ao mundo que estamos unidos nesta missão, ao aprovar uma resolução para autorizar o uso da força contra o Estado Islâmico», afirmou.
Ainda no âmbito dos assuntos externos, Barack Obama denunciou o ressurgimento do antissemitismo em «certas partes do mundo» e condenou os «estereótipos» contra os muçulmanos, no seu discurso sobre o Estado da União. «Como americanos, nós respeitamos a dignidade humana. É por isso que nos expressamos contra o deplorável ressurgimento do antissemitismo em algumas partes do mundo. É por isso que continuamos a rejeitar estereótipos insultantes contra os muçulmanos, cuja grande maioria partilha o nosso compromisso para com a paz», disse Obama perante o Congresso.
Este discurso do Estado da União é o primeiro de Obama (democrata) diante de um Congresso dominado pelo Partido Republicano, que controla as duas câmaras após as eleições intercalares de novembro último. Este discurso do Estado da União é o primeiro de Obama (democrata) diante de um Congresso dominado pelo Partido Republicano, que controla as duas câmaras após as eleições intercalares de novembro último.