O Presidente norte-americano disse esta noite que as desejadas reformas do sistema de imigração estão «ao alcance» da América. Um discurso aplaudido pelas principais associações de imigrantes e sindicatos. Também o México saudou as palavras de Barack Obama.
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Num discurso proferido em Las Vegas, Barack Obama apresentou os princípios sobre o tema que divide as opiniões dos norte-americanos, sublinhando que a iniciativa é necessária «para fortalecer a economia e o futuro do país».
O discurso de Barack Obama aconteceu um dia depois de um grupo bipartário, composto por senadores republicados e democratas, ter apresentado um conjunto de diretrizes para a legislação sobre a imigração.
«A boa notícia é que, pela primeira vez em muitos anos, tanto republicanos como democratas parecem estar prontos para lidar com o problema juntos», sublinhou Obama.
O Presidente norte-americano disse que a reforma do sistema deve incluir o fortalecimento da segurança fronteiriça; uma via para a eventual legalização e cidadania dos indocumentados; sanções para as empresas que os contratem com conhecimento prévio da sua situação de ilegalidade; um sistema para verificar o estatuto migratório dos empregados; e melhorias no sistema de vistos para que os Estados Unidos continuem a atrair talento estrangeiro.
O plano abria caminho para a legalização e obtenção de cidadania de cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais e permitiria aos estudantes estrangeiros premiados permanecerem nos Estados Unidos após a conclusão dos seus estudos, contribuindo para impulsionar a economia.
Ao discursar em Las Vegas, no estado do Nevada, o Presidente norte-americano reiterou: «Eu acredito que estamos finalmente num momento em que a reforma abrangente está ao nosso alcance». «Agora é a hora. Agora é a hora. Agora é a hora», repetiu Obama.
Um discurso que já foi aplaudido pelas principais associações de imigrantes e sindicatos dos Estados Unidos.
«Aplaudimos o apoio eloquente e atento do Presidente Obama a uma reforma que inclua um caminho viável com vista à cidadania para aqueles que são norte-americanos em todos os sentidos menos por escrito», disse o presidente da maior federação sindical do país, AFL-CIO (American Federation of Labor and Congress of Industrial Organizations, na designação original), Richard Trumka.
A coligação Movimento para uma Reforma Migratória Justa (FIRM), que agrupa as maiores organizações de direitos elementares dos imigrantes, agradeceu em comunicado as propostas de Obama que, no seu entender, «criariam um sistema migratório mais humano e justo».
Também o Governo mexicano já disse, em comunicado que «acolhe os princípios que foram levantados pelo Presidente dos EUA, Barack Obama em relação à reforma da imigração.
Os Estados Unidos têm uma população de 315 milhões de habitantes que inclui 40,4 imigrantes, dos quais 11,1 não têm documentos, de acordo com uma análise aos censos feita pelo centro de estudos Pew.